Sabia que não chove desde quando você foi embora? E isso é bom. Porque eu lembro do barulho da chuva caindo, como naquele dia em que você apareceu na minha casa, no meio da noite, batendo na janela do meu quarto, me pedindo para ir lá fora, e havia esquecido o celular e não tinha como avisar. E nós dois ficamos abraçados no pátio da minha casa, enquanto todos dormiam. Só eu, você e a chuva. E eu não senti frio naquela noite. Você deitou com a cabeça no meu colo e eu acariciei cada centímetro do teu rosto, com a tua barba espinhando minha pele, mas eu não me importei, porque teu rosto estava macio do mesmo jeito. Acariciei seus lábios e eu coloquei uma música para tocar no meu celular, bem baixinho, uma música qualquer, que depois daquela noite já não seria mais uma música qualquer. Seria a nossa música: minha, sua e da chuva que caía. E então, de repente, você disse que precisava pensar melhor. Sobre a gente. Que gostava da minha companhia e eu era muito especial para você. Você d
Minhas histórias que podem ser suas