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Mostrando postagens de maio, 2013

Entrelinhas

Sabia que não chove desde quando você foi embora? E isso é bom. Porque eu lembro do barulho da chuva caindo, como naquele dia em que você apareceu na minha casa, no meio da noite, batendo na janela do meu quarto, me pedindo para ir lá fora, e havia esquecido o celular e não tinha como avisar. E nós dois ficamos abraçados no pátio da minha casa, enquanto todos dormiam. Só eu, você e a chuva. E eu não senti frio naquela noite. Você deitou com a cabeça no meu colo e eu acariciei cada centímetro do teu rosto, com a tua barba espinhando minha pele, mas eu não me importei, porque teu rosto estava macio do mesmo jeito. Acariciei seus lábios e eu coloquei uma música para tocar no meu celular, bem baixinho, uma música qualquer, que depois daquela noite já não seria mais uma música qualquer. Seria a nossa música: minha, sua e da chuva que caía. E então, de repente, você disse que precisava pensar melhor. Sobre a gente. Que gostava da minha companhia e eu era muito especial para você. Você d

Esqueça

Olha, cara. Eu acho melhor você aceitar que acabou e não dá mais. Você continua insistindo em querer voltar com ela, mas dessa vez acho que é pra valer. Ela não dá sinais de que sente sua falta e muito menos de que está infeliz sem a sua companhia. Aceita que você já foi o homem da vida dela (um dia). Mas agora esse lugar está prestes a ser ocupado por outra pessoa. Eu sei, isso dói e machuca. E a culpa é toda sua. Você sabe disso, não sabe? Talvez ela tenha conhecido alguém ou talvez só queira ficar sozinha por um tempo, pra ver se absorve os resíduos que sobraram de vocês dois. Ela deixou acumular muita coisa embaixo do tapete, para que ninguém notasse a sujeira que vocês formavam. No começo deve ter dado um trabalho danado para limpar tudo, mas agora ela já nem repara se sobrou um restinho de pó. Nem repara se sobrou alguma coisa de você. Não adianta querer mostrar que a ama e que sente a falta dela todos os dias, porque ela não vai querer te ouvir. Agora não mais. E para d

RESENHA: Malas, memórias e marshmallows - Fernanda França

Comprei o livro da Fernanda juntamente com   As vantagens de ser invisível e O lado bom da vida.   Entrei na livraria com a intenção de comprar pelo menos UM dos livros dessa  lista , mas não tinha. Acreditem. Nenhum. Comecei a procurar, então, qualquer outro que me parecesse interessante e, sem querer, meus olhos esbarraram em Malas, Memórias e Marshmallows. Parei para ler a sinopse , que dizia o seguinte: Às vezes, o fim de algo pode ser apenas um novo começo. Após ser despedida do trabalho no dia de seu aniversário, Melissa Maya conhece Theodoro Brasil, seu vizinho, dando início a uma nova amizade que vai permitir que a jovem jornalista realize seu maior sonho: viajar mundo afora. Ela embarca no projeto 'América sobre rodas', uma aventura por diversas regiões dos Estados Unidos, deixando para trás sua gata, Lady Gaga, sua família e seus amigos. Máquina fotográfica na mão, notebook debaixo do braço, Melissa vai acabar percebendo que a vida surpreende a cada momento,