BLOG | coisas da Alaiza

Estranho não perceber a amizade se transformando em amor. Ou não identificar quando deixou de ser amor e passou a ser costume, rotina. É difícil não saber quando parar. Se deve-se parar. É ruim ter medo de parar mesmo quando já não faz bem. Ou parar quando se deve continuar. E se arrepender. Ruim é não fazer. Ou fazer ruim. E errado. É ruim não assumir. É ruim também assumir e se enganar. Se machucar. Ferir-se e ferir alguém. É ruim não arriscar e viver numa eterna dúvida do que poderia ter sido, do que pode ser. E por trás de um rosto carregado de sorriso, ninguém nem desconfia a confusão que é do lado de dentro, dentro da cabeça da gente. Do coração também.

te magoo por puro instinto. mecanismo de defesa. temer a decepção e magoar antes de ser magoado. cruel, eu sei. mas aprendi com você. a reprovar romantismo. desdenhar de carinhos. só buscar depois por medo de perder. é que no fundo sentimos. amor. vontade de estar junto. de cuidar. e por isso nos arrependemos: porque também sentimos medo. da não-reciprocidade. de ser abandonado. e o corpo reage de acordo com a incerteza que nos afeta. é involuntário. me perdoe, mas sou assim. não estranhe: você também é.

estar do lado. trocar olhares. sentir o toque. o toque quieto. trocar sorrisos. conversas silenciosas. muitas palavras e nenhum ruído. não invadir o espaço e ainda assim estar tão dentro, dentro da alma. e ficar ali. gostar de estar. gostar de ficar. deixar que fique.

Tem alguma coisa no teu corpo que me atrai, que me prende. Me surpreende. Que me impede de ir embora e me faz querer ficar mais. E mais: tem algo nos teus olhos que ilumina a casa e me faz enxergar que você é a pessoa certa para mim. Tem algo em nossas mãos quando se cruzam, e elas se encaixam tão perfeitamente quanto peças de quebra-cabeça, e só nós dois nos completamos assim. Tem algo no teu andar que me faz saber exatamente aonde devo ir, e meus passos encontram os teus, e a gente acaba se esbarrando, mesmo que nós tenhamos nos desencontrado e nos perdido pelo caminho. Tem algo no teu sorriso que me faz sorrir também, que me faz esquecer das brigas, e dos problemas e acaba me alegrando pelo resto do dia, e da semana, e do mês. Tem alguma coisa no teu cheiro que intimida o perfume das flores e entranha na minha cama e no meu lençol e no meu nariz, que me faz respirar melhor e torna o oxigênio puro. E no teu beijo. Tem também alguma coisa no teu beijo, que [me] esquenta, que me envol

e quando a saudade aperta, eu tenho vontade de ligar. vontade de viajar. fugir. me teletransportar. ficar pertinho e me aninhar no teu peito. no teu abraço. no teu cheiro. te encher de beijo. olhar nos olhos e dizer baixinho te amo eu te amo. eu amo você. muito. a saudade aperta e vejo as fotos no telefone. ouço música. choro. choro escondido. penso em chamar, mas não chamo. fico na minha. tenho medo de arriscar. tenho medo de deixar passar tempo demais. e te perder. perder pra sempre. para outra pessoa. e mesmo que passe muito tempo, eu ainda vou sentir vontade de ligar. de viajar. de fugir, de me teletransportar. praí.

estamos conectados. eu. você. nossa história. você mexe comigo. com minhas emoções. e vai ser sempre assim. mudam-se os anos. a vida. as eras. homens se mudarão para Marte. a Terra deixará de existir. nossa espécie será abduzida. extinta. e ainda existiremos. em nossas memórias. nossas almas estão ligadas. interligadas. de vidas passadas. dessa. o amor é puro. é sincero. a vontade. o desejo. o toque. o beijo que nunca existiu e já sentimos. o abraço. apertado. demorado. nunca demos. e você achando ruim que não tatuei sua inicial. não vê que me marcou bem mais que isso?

Te mandaria um texto pra você notar e ver que ainda tenho interesse. Pra você retribuir o que eu sinto. Pra gente se (re)aproximar sem medo. Pra você não sentir vontade de fugir quando eu começar a falar. Pra você saber que eu penso em nós quando fico sozinha. Ainda. Que eu fantasio nós dois juntos batendo papo e rindo a toa. Que eu te quero por perto só porque gosto da tua companhia. Que eu insisto porque me apego rápido demais. E quando me apego, eu não paro de falar. Eu falo de você para as minhas amigas. Que quando você passa, eu finjo que não vejo, mas por dentro o coração dispara. E eu me controlo pra não olhar, porque sei que você foge. Porque sei que incomodo. Porque sei que você sabe que eu te quero e ficaria na tua cola o tempo todo. Mandaria um texto pra você saber que eu penso em bater na tua casa de surpresa, de madrugada. E que eu penso em ter teu número, mas não penso em ligar. Mandaria um texto porque é o máximo que posso fazer. Você finge que não existo e guardo o tex

Eu e essa minha mania de gostar de mudança. Sempre gostei. Desde novinha. Vivia trocando de colégio, mudando de sala, de cidade. Adorava viver cheia de novidade e sempre ter algo novo pra mostrar, pra contar. Mudo a cor e o corte do cabelo. Mudo o caminho. Troco de roupa quatro vezes por dia ou mais, mesmo sem sujar. Minha letra muda da agenda pra assinatura e pro rabisco no bloco de papel. Troco de apartamento, de amigos. Mudo. Mudo de opinião, de ponto de vista. Mudo a posição na cama na hora de dormir. Mudo a posição da cama. Dos armários, do sofá. Mudaria de nome, de país, de cidade. De novo. Mudo de ator preferido, banda preferida e mudo o status no Whatsapp. Mudo a foto de perfil em todas as redes sociais. Mudo a senha. Mudo a cor da minha parede. Troco o jogo de tapete do banheiro e troco a mesa de lugar. A mesmice me entedia. Não gosto de rotina. Fico irritada, estressada. Mudo a maquiagem, mudo de assunto. Troco de música, vivo alterando a sintonia no rádio. Troco de canal. Eu

São reflexões. Coisas que eu fico pensando do nada. Será que ja estava tudo pré-destinado a acontecer pra gente se encontrar? Uma vez eu ia morrendo afogada. O que será que tu fazias enquanto eu morria afogada? Uma vez eu fugi da casa da minha avó. O que será que tu estavas fazendo enquanto eu fugia da casa da minha avó e levava bronca do meu pai depois? Como será que o universo tava rodando nesse momento pra gente se encontrar? Eu imagino o mundo como um cubo mágico, onde as peças estão todas perdidas, todas misturadas, e ai ele vai rodando, rodando, até tudo se encaixar direitinho. Tipo isso.

Sossego. Seis da manhã e me sirvo uma xícara de café quente. Os dias têm sido frios e fico bem no aconchego do meu sofá. Me recuso a ligar a tv; os noticiários nunca são bons. Há tempos eu não tinha alegria. Sossego. É só mais um dia de chuva e me sinto leve feito a brisa que sopra lá fora. Sem peso. Sem culpa. Respiro em paz. Sem medo. Minhas dores se foram. Voltei a sorrir. É difícil, mas uma hora a gente desapega do que nos faz mal. Naturalmente. Medito. Mergulho. Na piscina. No vão. Vejo o tempo passar e já não tenho mais pressa. Tudo acontece como tem que acontecer. Naturalmente. Tenho lembranças boas, mas me recuso a voltar. Quero ficar mais um tempo assim: só comigo. Peço que me deixes assim. É bom. Peço que experimentes ficar assim. Faz bem. O café agora esfriou. Detesto café frio e amargo. Me lembra do que costumávamos ser. Frios. Amargos. E me recuso a lembrar, pois tenho estado em paz. Fique também.

(Para H e M, o casal mais inspirador que eu conheço) Amo você pelo que somos quando estamos juntos. Pela certeza de que você foi feito para mim, de que nosso amor veio de outras vidas, de que ja estávamos destinados a sermos um do outro. Amo você pela segurança que sinto quando estou com você. Porque contigo fico mais leve. Amo você pela calma que você transmite e me faz sentir, mesmo quando tudo parece perdido. Porque mesmo nos meus piores dias, você continua sereno. Amo você por você nunca levantar a voz pra mim. Por não levar a sério nossas discussões. Amo você porque nossas piores discussões ocorrem quando não sabemos qual filme assistir primeiro. Porque quero assistir Batman e você Frozen. Sim, eu amo sua alma de criança. Acho incrível como você me entende sem eu nunca precisar dizer nada. Porque eu não preciso viver me declarando pra você ter certeza do meu amor. O nosso amor a gente vive e sente. Do nosso jeito. Reconheço quando algo te incomoda só pelo seu olhar. E eu te cuid

Tanto tempo que não falo sobre livros aqui que fica até estranho. Mas vamos lá... Houve uma época na minha vida, num passado não muito distante, onde eu tinha dinheiro todo mês pra comprar livro em shopping. Era certo eu sair de lá ostentando meus incontáveis livros novos e cheirosos (AMO de paixão cheiro de livro novo!), me achando a RYCA, várias sacolas, culta, inteligente, etc blablabla porém felicidade de pobre dura pouco, né mores? Dinheiro acabou, livros nunca mais comprei e dos tantos que eu cheguei a comprar, muitos ficaram só de enfeite na minha prateleira. E é justamente sobre esses excluídos que vou falar aqui agora. Não sei A O N D E euzinha aqui estava com a cabeça quando comprei. Mas comprei. E eles ainda estão comigo. São eles: 1 . The Bling Ring - Nancy Jo Sales: Comprei esse livro interessadíssima em ler sobre a gang de jovens americanos que assaltava as mansões das celebridades mais TOPZERA dos EUA, em saber como eles entravam nas mansões, o que faziam, se

Quando você some, some também um pouco da minha vontade de continuar contigo. Desaparece você e o nosso companheirismo. Some você e toda a nossa cumplicidade. Quando você decide se afastar, eu me afasto um pouco também, porque eu fico sozinha de qualquer jeito, então parece que é melhor cada um pra um canto. Quando você me evita, eu evito a fadiga, o choro, o meu cansaço emocional. Evito te procurar. Evito perder tempo tentando te trazer de volta, porque você sempre se afasta mesmo e some de novo e me evita e desaparece. E desaparece junto a minha paciência. Some os sorrisos e as lembranças boas. Eu esqueço de como a sua companhia me faz bem e estranho quando te vejo voltando como se nada tivesse acontecido. Você volta, mas não volta por inteiro. É sempre com um pé aqui e outro na porta, pronto pra sair a qualquer momento. Pronto pra sumir de novo. E é por isso que quando você some, leva contigo parte do meu afeto, a parte bonita e pura que eu carrego e guardo só pra te dar. Aí você v

Olha. Por mim você não iria. Tem espaço aqui nessa casa pra nós dois e dentro de mim tem mais espaço ainda. Não, eu não quero te fazer mudar de ideia, pode continuar arrumando as malas. Mas eu preciso que você saiba que eu gosto muito de você. Eu não consigo guardar rancor nenhum de você. Não sinta em relação a mim. Quando eu to sozinha, tudo o que eu lembro é dos nossos momentos felizes. Te ver arrumando a mala assim, decidido, acaba comigo.  Eu gosto da tua companhia. Gosto de adentrar a cozinha e te ver ali, esquentando o pão, servindo teu café. Gosto de passar pelo corredor e esbarrar no teu cheiro. Gosto de chegar da rua e te ver largado no sofá da sala, assistindo jogo. Meio que me conforta saber que você tá perto. Você vai, mas vai ficar sempre aqui na minha lembrança, nas minhas fotos armazenadas no HD externo. Entendo que você precise ir para melhorar esse clima ruim que se formou entre a gente, na tentativa de salvar pelo menos a amizade, então além de levar na mala tuas

Eu acordo e quero te ligar. Quero falar da falta que você faz. Respiro fundo e me vem à cabeça as coisas que você anda fazendo ou dizendo desde a última vez que falamos. Desisto. Você está exatamente do jeito que queria: sendo a atração de outras mulheres, jogando seu papinho de conquistador e chamando a atenção delas. Passa um tempo e me bate a saudade outra vez. Falta alguma coisa. E é você. Tudo dá errado. Quero correr pro teu colo e ficar la até que tudo passe, com teu abraço me aquecendo e tua voz dizendo que vai ta sempre comigo. Mas não tenho mais seu colo pra correr. Você ta muito bem, obrigado. Nunca se deixou abater, nunca foi de sentir falta ou demonstrar amor. Você nunca me amou de verdade. Você se esforçou pra retribuir o que eu sentia mas nunca conseguiu. Porque sempre foi fácil pra você abrir mão e seguir sua vida sem mim. E quem é que consegue ficar longe de quem se ama? É estranho a gente não ser o amor da vida do amor da nossa vida. Eu juro que eu queria voltar pra vo

Duas da manhã e sinto teu corpo quente. Você chega e me abraça. E assim fica. Nos detalhes te sinto meu. Tua respiração serena ao pé do ouvido me transmitindo paz. Tuas mãos que envolvem as minhas e transmitem segurança. Teu cheiro que passeia ao nosso redor e me deixa mais leve. Tua barba passando levemente pela minha pele e me arrepia os pelos. Nossos corpos que se encaixam. No silêncio do nosso quarto ouço as batidas que vêm do teu peito e entram em harmonia com as batidas que saem do meu coração. Não quero que amanheça. Porque eu moraria o resto da vida num abraço teu.

Pode parecer fácil toda essa espera. Falo de você e sorrio. Me encho de orgulho ao falar sobre nossos planos. Me empolgo ao imaginar nossas futuras viagens ou reuniões em família. Digo que te espero agora e esperarei o tempo que for. Mas é uma espera longa  e solitária.É dificil, confesso. É difícil acordar e não ter o teu abraço. Sair para os lugares sempre sem a tua companhia. Deitar no sofá numa madrugada fria e chuvosa e não poder me esquentar no teu peito enquanto passa na televisão nossa série preferida. É difícil nunca ter você. Ver casais de namorados passeando pelas praças e shoppings sempre sorridentes e ter que me contentar com sua foto na tela do celular. Ouço de todo mundo que isso é perda de tempo e você também ouve. mas essa foi a nossa escolha, não foi? Foi opção nossa abrir mão de qualquer outro possível romance, com qualquer outra pessoa no mundo, só para que possamos estar juntos um dia. Você e eu. Eu sou feliz contigo mesmo na distância, mas você faz muita falta a

Peguei a mochila e saí. Eu já não tinha amigos e nem paciência. Guardei algumas roupas e meti o pé na estrada. Trouxe a câmera, uns trocados e uma carteira de cigarro. Deixei tudo para trás. Fui buscar liberdade, sossego, história. Sozinha. No celular as mensagens chegavam de diversos números, mas eu queria distância. Gostava de correr riscos. Antes de sair deixei um recado na porta da geladeira para minha mãe. “Logo eu volto. Mas não sei quando. Ficarei bem, prometo. Fique também”. Enfrentei frio e chuva, calor e fome. Encontrei lagoas e lagos. Me banhei em água fresca e cachoeiras de água morna. Senti medo, mas não quis voltar. O mapa tava na mão. Eu nem sei aonde estava indo. Ouvi histórias pelo caminho. Pedi abrigo, fotografei em troca de umas moedas. Emagreci. Engordei. E segui. O choro era constante e eu ainda estava me adaptando à nova rotina. Porque essa era a minha vida agora. Continuo andando. Quem sabe um dia alguém me encontra e me faz ter vontade de ficar pra sempre. Quem