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Mostrando postagens de abril, 2014
"Acordei com uma vontade incontrolável de pegar um avião qualquer pra tua cidade e, com um frio na barriga , chegar de surpresa. Te ligar e você atender, te dizer que estou perto e esperar você vir até mim. Então te abraçaria por um tempo infinito e sentiria teu cheiro, t e olharia nos olhos e daria um sorriso de orelha a orelha . Todos os dias imagino e desejo nosso encontro - com direito a câmera lenta, trilha sonora e tudo. Espero pelo dia em que seremos um só, em qualquer lugar. Não me importo com o que o destino reserva para nós, desde que eu tenha a chance de contemplar a lua contigo e te beijar nem que seja uma única noite. Seja meu. P.s: As lembranças que guardo de nós dois são todas irreais." out/2013

O meio - parte I

Ler ao som de Quelqu'un m'a dit - Carla Bruni Acordei e lá fora o céu amanhecia lentamente. A cama era espaçosa. Lençois brancos cobriam minha pele nua. As enormes janelas estavam entreabertas permitindo uma passagem de ar frio. As cortinas voavam livremente pelo quarto - pude perceber à medida em que fui abrindo os olhos lentamente. Esfreguei os olhos e espreguicei o corpo tentando me lembrar da noite passada. Levantei-me em direção à janela, levando junto a mim o lençol branco. A neblina cobria o semi-amanhecer. Os pássaros cantavam baixinho, sem querer incomodar. Cheiro de lavanda perfumava a suíte e então ouvi o barulho do chuveiro vindo do banheiro. Meu coração disparou: ele realmente estava ali. Olhei ao redor e haviam flores vermelhas sobre o criado-mudo ao lado da cama. Meu celular estava na poltrona encostada na parede paralela à janela; devia estar descarregado. Meu vestido azul e o restante das nossas roupas estavam espalhadas pelo chão. Esbocei um sorriso e fech
Eu não sei o que esperar de nós dois. Você diz que não tem nada a me oferecer e ainda assim espero por alguma coisa. Eu não sei aonde vamos chegar, se vamos chegar a algum lugar. Eu não sei que diabos você faz na minha vida ou eu na sua, embora eu me sinta completa com você por perto. Eu tenho ciúmes e gosto. Você tem ciúmes e gosta. E não somos nada. Estamos brincando de amor? Você me pede para sair, ir embora, aproveitar o auge das minhas vinte e uma primaveras e eu insisto em ficar. E aí você gosta que eu fique. Esperança. Acho que é isso que me faz respirar e esperar todos os dias. Por você. Por nós dois. Por um encontro - aqui ou aí (principalmente). E o destino? Não sei o que ele me reserva. Eu ando inquieta, cheia de planos. Mas vivo parada, esperando. E aí nada acontece. Quem sabe um dia, mais cedo ou mais tarde, a gente se esbarra na esquina, num café, num show, na praia, em outro estado. Deixa eu fingir que você é meu mais um pouco. Pode brincar comigo mais uma vez até a ge
Tuas mãos me seguram e me rodopiam pelo ar. Os pés passeiam descalços na areia. O vento espalha os cabelos e o perfume. Sinto a leveza do momento. Meu coração flutua em direção ao mar. Nossas risadas ecoam melodia. A brisa me arrepia. Teu calor me envolve e aquece. Nossos lábios selam um acordo: eu, você e o pôr-do-Sol.

Não sei me explicar, desculpe.

Alguns segredos meus saíram do anonimato. Meus gostos, sempre ruins, não são nenhuma surpresa. Minhas facetas, oscilando entre belo e grotesco,  estas sim causam confusão. E eu não sei me explicar. Perco-me com facilidade - nos caminhos, nas ideias, nas conversas e nos projetos. E mesmo desatenta, enxergo detalhes. Mesmo impaciente, pego-me esperando [pacientemente] pela visita do destino. História da Arte me agrada e ainda assim reprovei na matéria. Eu não sou capaz de destacar cinco qualidades minhas, mas me acho uma boa pessoa. Estou sentada numa sala de aula com mais nove pessoas e não me encontro entre elas. Sou apenas mais uma. Não ouço, nem enxergo nada que é mostrado no quadro. Minha mãe quer tratar meu vício, quando na verdade, tudo o que eu preciso é de uma viagem. Talvez eu só precise de um encontro. Mas ela  não entende e eu não acho que devo explicar. Essa máscara de frieza que eu tento colocar, sempre cai, e não esconde o coração que ama - de um jeito incomum. E não me p

O sonho do dia 12. Número par.

Éramos nós dois e mais três. Duas amigas e uma inimiga minha (amiga sua). Estávamos em outro estado do Nordeste e ficamos hospedados num hotel que era uma caverna, com a vista para o mar, mas era um restaurante. Não nos largávamos nem por um instante e isso começou a incomodar. E nosso beijo era bom ("Do tipo que a boca foi feita uma para a outra". "Existe esse tipo?". "Se não existe, acabei de inventar"). A inimiga remexia minha bolsa e lia meus escritos para você. Sim, os do caderno azul. E enquanto ela lia, dizia às demais: quando essa guria der um pé na bunda dele, ele vem nos procurar. Eu ignorei e você sussurrou para mim "eu te amo". As outras apenas sorriam, pareciam indiferentes, mas estavam felizes pelo nosso encontro. Você saiu, acompanhado de um outro rapaz e imagino que tenham ido ao restaurante. Foi então que decidi ir até à janela da caverna e fotografei o mar.
Um dia nos encontraremos e conhecerei o céu. Te oferecerei todo o amor adormecido em mim até então. Farei de ti meu mundo e me dedicarei para fazer-te feliz. Quero teu beijo e teu corpo, quero que me pertenças e que não te afastes. Falta muito para que sejas meu?