Perdia-se entre as duas que ela costumava ser. Variava de acordo com o tempo, as companhias e os ocorridos - ou os ocorridos dos dias, as companhias e o tempo é que variavam para adaptar-se a ela? Os amigos já nem estranhavam mais. Mas os familiares sim. Em algumas épocas, ela florescia como a primavera e coloria a tudo e todos com sorrisos espontâneos, felicidade despreocupada e os ombros dela relaxavam. Ela dançava e fotografava, cantava, contava e ouvia histórias. Precisava de muitos por perto; quanto mais, melhor. Odiava sentir-se sozinha e nunca estava. Esquecia-se dos compromissos tediosos, dos seus romances mal resolvidos, lia e escrevia histórias com finais felizes. Acreditava na sua vocação para a escrita e dedicava-se àquilo como tantos apaixonados. Acreditava em si e no que produzia. Fazia o que julgava certo, e o certo lhe agradava. Os cabelos, os olhos e o sorriso brilhavam em conjunto. Empenhava-se nos próprios projetos, pisava firme e confiante no caminho que ela ia tra
Minhas histórias que podem ser suas