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Mostrando postagens de julho, 2013

Uma semana

É que uma semana acaba sendo muito e no final não foi quase nada. Eu vi o mar e senti o gosto salgado. Do mar. Das brigas. Do beijo. Senti o gosto amargo do ciúme e da frustração, por não ter tido o que eu queria, quem eu queria. De repente, o destino surpreende, mostra o violão e o guri magrinho do sorriso bonito. Da voz mansa. O abraço apertado. O carinho no cabelo. E vimos o sol nascendo na companhia do frio ("o nome disso é vento", disse alguém), das areias entranhadas na calça jeans e do violão. Fotos e música. Passeios e risadas. Filmes e chocolate. E ainda assim faltou. Faltou o que eu tanto queria. Quem eu tanto queria e ainda quero. Deixa para uma próxima semana, numa outra viagem. Num outro lugar. Numa outra vida, talvez. O que eu queria mesmo? Voltar para casa.

Nem sei.

Não me perguntes o que me tem ocorrido. Nem eu saberia responder. Mas é que de repente, do nada, essa sensação de vazio toma conta do peito; e aperta, e a dor escorre pelos olhos. Talvez estranhes, já que ando sempre tão sorridente; é para não perder o costume. Ninguém tem nada a ver com os problemas da gente, não é? Nem mesmo os responsáveis pelos nossos problemas. Talvez nem exista problema; é tudo fruto da imaginação. Encontro-me no fundo do poço, a um passo de desistir de tudo. Então a lembrança de uma criatura falante, pequenina e sorridente me revigora.