BLOG | coisas da Alaiza

Eu poderia postar todas as fotos que eu já tirei desde o seu nascimento até agora, mas ninguém saberia do amor que eu sinto por você. Eu posso contar detalhadamente seus progressos, mas ninguém sentiria a emoção que eu senti e sinto a cada dia, como se fosse a primeira vez. Eu posso publicar mensagens e dedicar músicas pra te homenagear, mas nenhuma palavra é capaz de expressar toda a minha felicidade por te ver crescendo com saúde, alegre e abençoada. Essa é a palavra certa: abençoada. Você veio na hora certa, no momento certo, do jeito certo. Do jeito que eu nunca imaginei que você pudesse ser. Eu te imaginava linda e encantadora, mas Deus te fez muito melhor que isso. Muito mais doce, muito mais inteligente, muito mais sapeca e esperta do que eu poderia imaginar. De que importa agora se eu engravidei aos 17, se eu fui precipitada e não pensei nas consequências? Nada importa mais, quando vejo as maravilhosas consequências que o seu nascimento trouxe pra minha vida. E isso é desd

Um dia eu quis abrir mão de tudo isso. Um dia eu desejei voltar no tempo e consertar todos os meus erros. Eu quis ser menos frágil, quis ser menos simpática e menos amigável. O tempo todo desejo ser durona, parar com gracinhas desnecessárias. Isso virou uma espécie de rótulo, onde as pessoas estranham se você tenta mudar a embalagem. Sim, a embalagem. Porque como produto você não pode mudar nada. Você nasceu assim, você é esse produto cafona e careta. Mas mudar a embalagem não custaria nada.  Ninguém entende quando você quer ser super sincera, porque nenhuma pessoa aguenta sinceridade. E isso te custaria caro. Dizer o pensa, falar sua opinião custa muito caro. Não é todo mundo que aceita isso, ainda mais quando você nunca foi de dar sua opinião pra ninguém, sempre comeu quieta. Talvez se eu tivesse dito 'não' mais vezes, se eu não tivesse perdoado aquelas ofensas, aquelas traições. Não digo que deveria ter vivido com rancor ou ódio no coração, mas tem coisas que não devem s

Às vezes eu penso em tirar você desse pedestal em que te coloquei. Toda essa admiração, esse carinho, esse cuidado de querer te ver bem, acaba me fazendo mal. É um excesso de amorzinho, que enjoa. Enjoa todo mundo. E agora me contagiou. Eu espero demais, sabe? Torço pra que você retribua com os mesmos cuidados, que você tenha, no mínimo, reconhecimento por todos os meus esforços em te ver sempre bem, te deixar feliz, te fazer feliz ou te fazer um almoço. Mas você não reconhece. Acha que eu não faço nada. Eu escrevo textos e mais textos pensando em você, escrevo poemas, frases. Copio frases, te ofereço músicas e você nem liga. Você sempre foi assim, não é? Eu devia estar acostumada, mas sabe o que acontece? Machuca. Você me respeita, me abraça, me apresenta a todos os seus amigos como sua esposa. Hoje em dia é tão difícil encontrar alguém assim. Então do que eu tô reclamando? Talvez você nunca leia esse texto ou os outros textos que já escrevi. Talvez você nunca abra aquela caixinha

Você vai chegar cansado, sem querer conversa, apenas querendo dormir e comer alguma coisa, mas eu vou estar ao seu lado. Você vai ignorar minhas palavras, minhas tentativas de puxar algum assunto, vai pedir que eu me afaste e que eu te deixe sozinho, mas eu vou continuar ali, do seu lado. Talvez você não queira ouvir nada, nem queira segurar minha mão ou me olhar nos olhos, mas eu fico de seu lado, sem dizer nada. Um hora você conta uma piada sem graça e eu vou dar risada do seu jeito bobo. Ah, meu querido, eu vou sempre estar do seu lado! Eu não sei se você vai se importar com isso, se vai pensar como é bom eu estar ali, se isso faz alguma diferença pra você, mas eu jamais te deixaria sozinho. Eu aguento suas oscilações de humor, horas me pedindo pra ficar, horas me pedindo pra sair. Eu aguento seus ataques de fúria, sua indiferença, seu mau-humor, porque sei que, apesar de tudo, você também sempre vai estar ao meu lado. Você jamais me deixaria sozinha em um momento difícil, não é? E

Então busquei um lugar, uma hora, um dia para que eu pudesse ficar a sós comigo mesma. Precisava fugir, sair, viajar, correr pra um lugar bem longe. De tudo. De todos. Aquela necessidade de liberdade que me consumia, eu estava prestes a saciá-la. Fotografar, cantar, pensar, refletir, dirigir. Correr, gritar. Loucura? Paz. Nada de problemas, apesar do mundo que eu carrego lá fora. Tenho vidas pra cuidar. Mas neste momento, minha alma precisava de um descanso. Um descansinho só, nada mais. Egoísmo? Férias. Quero gastar, comprar. Comprar roupas, sapatos, comida. Quero provar refeições diferentes. Quero conhecer lugares diferentes, pessoas diferentes. Não preciso conhecer ninguem. Quero conhecer alguem. Estou cansada dos mesmos rostos cansados, da mesma rotina, do mesmo humor, dos mesmos lugares, das mesmas pessoas.  Quero um cachorro. Quero um lago, uma cachoeira, quero barulho da chuva caindo no telhado de madrugada. Quero ver a madrugada amanhecendo. Quero ver o Sol nascendo e o pôr