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Mostrando postagens de agosto, 2014

Óbvio utópico

Inspirado na música Retrato pra Iaiá - Los Hermanos (e na minha vida real, que condiz com a canção) Insisto nisso porque quero que vire realidade Quero viver um amor de verdade Encontrei em ti a chance para escapar da minha solidão Sou capaz de ir atrás De viajar para outros lugares até te encontrar Como já fui uma outra vez, mas não te vi Me engano, porque gosto; não é pra ser, ainda que eu tente Parece tão natural, que continuo Dessa vez, sem insistir Deixo fluir até que aconteça novamente - se acontecer Não sei se teremos testemunhas, talvez o céu assista Nenhum de nós se esforça. Sentar e esperar não dá em nada A gente não se preocupa, assistimos até onde vai dar Todos os planos parecem vãos Eu não te tenho e mesmo assim enxergo nosso destino juntos Nada acontece. Nosso fim está chegando O fim do nosso romance inventado, não realizado Fico definhando e a destruição é aparente As pessoas lamentam “oh não” ou “nós avisamos” E torço para qu

Desculpa, mas machuca.

Quando você resolve me ignorar de uma hora para outra, por uma causa boba ou sem um motivo plausível. Eu fico tentando entender o que se passa e me acho bem ridícula tentando te agradar. Quando você curte e comenta todas (todas) as publicações que aquela fulana posta. Eu não gosto dela, mesmo ela sendo sua amiga. Já tentei fingir que não me importo, mas desculpa, eu não sei fingir. Quando você me vira as costas no meio de uma discussão e me acusa de ser neurótica. Gostaria que você, no mínimo, me escutasse e dissesse a mim o que tambem te incomoda. Quando eu preciso insistir para que você fale comigo. Quando acha um saco as músicas que te dedico com carinho. Quando você procura sacanagem num momento inadequado e não percebe que não é hora. Quando você faz pouco caso de mim. De nós.                      E se machuca mais do que agrada, se você fica melhor sozinho do que com a minha companhia, se você já não faz esforço nenhum para que fiquemos bem e se pra você tant

Pra você saber

Quando a gente não se fala, eu penso em você mais que o normal. Checo as notificações no celular e você nunca aparece. Digito uma ou outra mensagem, mas apago logo em seguida porque quero te dar um pouquinho de tempo, pra você aproveitá-lo sem mim; eu pego demais no teu pé. Às vezes não envio por esse medo de estar incomodando ou simplesmente por medo de não obter resposta. Mas eu estou pensando em você, não esqueça disso. Eu me questiono se você também pensa em mim e lembro das tantas outras vezes em que te perguntei e você disse que sim, que pensa, só não demonstra. Mas fico na dúvida e olho no relógio do celular: você entrou e saiu do trabalho e não mandou nenhum 'oi'. Você entrou na minha vida e não saiu mais dela. Não saia. Evito verificar as redes sociais; tenho medo do que posso ver. Sofro de ansiedade e morro de curiosidade: decido olhar e nada encontro. Tudo bem, te deixo quieto. Outra hora a gente conversa. Quando a gente discute bobagens e você se recusa a falar

Our time

Perco o meu tempo no nada. Planos em vão. Perco todo o meu tempo para encontrar-te. Faço-te em versos. Ouço-te em músicas. Desenho-te em rabiscos. Encanto-me com teu sorriso projetado em papel. E projeto-me ao lado teu. Conforme as folhas e desenhos passam, dançamos valsa alegremente. Corremos no parque. E tu não me soltas, assim imagino. Quanto mais sinto que sou tua, menos somos. Onde estás? A mala está pronta; venha buscar-me. Buscar nosso futuro que está guardado em meus anseios, em minhas vontades. Vontades nossas. Para que desperdicemos tempo juntos. Para que o tempo passe, e as folhas de outono caiam sem que percebamos. Quero estar contigo em outras primaveras. Desenhando ao lado teu histórias. Histórias nossas. Contigo nenhum plano é vão.  Para ti: meus versos.

Por que nada dá certo?

Tenho mil planos no papel e na cabeça. Inspiro-me com uma simples ideia e fico feliz quando penso nas possibilidades de realizá-la. Imagino, traço metas – nada impossível ou tão difícil de buscar. Mas é tudo tão efêmero,sabe? A euforia passa em questão de minutos quando vejo que o quero não pode acontecer de uma hora para a outra. E aí deixo de lado, deixo para outro dia, até deixar passar de vez. Não existe remédio para a motivação. E é justamente a falta dela que me impede de pôr em prática tudo o que anseio: uma viagem, um projeto fotográfico, a continuidade de um livro. Nada dá certo porque eu mesma me desmotivo. Não dá certo porque desisto antes mesmo de tentar. “Ainda que minha mãe faça tudo por mim, eu não posso esperar por ela para conseguir o que só a mim diz respeito”, repito para mim diante do espelho. Além do mais, milagres não acontecem – e quando acontecem, acho que é só para quem realmente merece. Acho. “Isso é vergonhoso, não é? Gastar a maior parte do seu tempo deitad

Aceito.

Eu aceito o amor que você guarda pra mim. Aceito você com todas as suas imperfeições e ciúmes. Aceito você com todos os seus vícios e mudanças repentinas de humor. Aceito o seu sarcasmo e suas ironias. Te aceito de longe, porque quando a gente estiver perto, vai ser muito melhor. Te aceito assim, porque também tenho os meus defeitos e acho surpreendente como você consegue lidar com todos eles. Aceito tua voz, tua boca e teus graus de cegueira compatíveis com os meus, que chegam a ser maiores até. Te aceito, porque você nunca disse 'eu te amo', mas vive provando que sim, sem precisar dizer nada. Aceitei você desde quando te deixei ficar comigo nas madrugadas, que viraram dias e noites, e nessa brincadeira já se passou um ano. A gente se aceita assim, contrariando os padrões, sem saber aonde vamos chegar. Gosto de você e você de mim, e assim tá de bom tamanho, 'ninguém precisa saber só a gente'. Discordo, mas tudo bem. Agora só falta você aceitar que você é o meu amor e
Desculpa a minha impaciência hoje pela manhã. Eu queria ficar um pouco só. Queria um pouco de silêncio e os fantasmas da minha imaginação tagarelavam demais. Ando tão perturbada. Aperto no peito, de novo. Tenho lutado contra os meus próprios demônios. E é sempre tão difícil disfarçar as dores. Misturei tristeza com álcool. A TPM atacou, pra piorar. Tudo ao meu redor ficou três vezes mais irritante, as pessoas são tão inconvenientes! Você tá longe de mim e fico sem abraço, fico com saudade, com vontade. Fico só. Seguro para não deixar minha irritação explodir por fora e acabo me estragando por dentro. Sinto dor na coluna, nos ossos, na alma. Massagem nenhuma acalma. Preciso de calma, de cama, de colo. Eu sei, você não tem culpa. O problema é comigo mesmo: sofro de imaginação fértil e não tem remédio que cure. Se eu quiser sossego, preciso desassociar meu corpo da minha mente. E é impossível. Hoje foi só mais um dia sem sair do lugar. Quanto falta pra eu ser alguém?
Tá tudo meio confuso, sabe? Uma hora tá tudo certo, de repente estraga. Vira discussão, bate-boca. Fica desgastado e dá vontade de desistir. Aí te quero longe e tudo bem se você quer um tempo. Eu não ligo. Você não me liga também. Ok. Mas aí por umas horas volta ao normal - eu nem sei mais qual é o nosso normal. E a gente ri, brinca, sonha e faz planos. Agora eu já te vejo e passo horas te olhando. Eu sei que eu e você temos alguma coisa. Mas o que? Também quero que os outros saibam, mas você não acha necessário. Não posso te cobrar muito, não posso te cobrar nada. E cobro. Você idem. O que somos? Numa hora você faz com que eu te queira perto e em outra, me irrita, faz eu querer fugir de você, sumir. Você sente o mesmo em relação a mim. Continuamos nessa espera, por algo que não sabemos se um dia irá chegar. Você é meu e eu sou sua. Completamente.