Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2015
Ah que saudade que eu sinto de você. São quase duas da manhã e te escrevo com lágrimas nos olhos e um vinho barato me fazendo companhia. Você sabe que vinho nunca foi meu forte e eu ando fraca demais. Escolhi uma seleção de jazz que nunca tinha escutado antes, aliás, nunca parei para ouvir jazz na madrugada, nem mesmo quando você estava aqui e saía, batendo a porta, me virando as costas e me deixando falando sozinha no meio das nossas discussões. Minha cama também te chama. Meu corpo sente tua falta, a falta do calor do teu corpo e dos teus beijos. A maquiagem borrada não mostra nem metade do estrago que me consome por dentro. Teu cheiro ainda circula pelo corredor da casa. Não me atrevo a trocar os lençóis e, por descuido, lavar nossas lembranças enroladas nele. Ainda guardo tanta coisa boa de você! Teus vídeos cheios de sorrisos e canções e declarações. Teu canto desafinado e lindo. Tua barba cheia, passeando lentamente pelas minhas costas e rosto e pescoço. Tuas cartas ainda perfum

zé ramalho - na beira do mar

Quando é que você vai vir para que possamos fugir na madrugada? Pegamos o carro e vamos para a estrada, ficar olhando as estrelas, tentando acertar o nome de cada constelação. Eu não consigo achar meu caminho me baseando na posição em que elas se encontram, mas eu tenho você como meu guia e nunca me perco. Elas são testemunhas dos nossos beijos e das nossas promessas; elas observam nossas mãos entrelaçadas enquanto estamos deitados em cima do carro. O vento começa a soprar mais forte e você me abraça, me esquenta e me deixa segura. Talvez o tempo mude, as estrelas desapareçam e as nuvens comecem a cobrir o céu. Voltamos para casa debaixo de chuva, você dirigindo com calma e a voz do Zé sendo nossa trilha sonora. Eu quero muito isso. Te digo para parar numa avenida qualquer porque quero muito te dar um beijo. E você para. Nos olhamos. Posso sentir tua respiração à medida em que teu rosto se aproxima do meu. E eu consigo ser feliz nesse pouco tempo contigo. Ou pelo menos imaginando que
Existe tanta coisa presa aqui dentro. Um grito, um sufoco, um pedido de ajuda. Uma vontade absurda e um desejo quase incontrolável de te encontrar na rua e me abrigar nos teus braços. Queria poder fugir por uma noite e montar uma barraca no meio nada. Eu to no meio do nada. To perdida. Abandono minhas vontades e sigo sem saber para onde estou indo. Desde que você esteja lá, esperando por mim. É porque de um jeito ou de outro, você ainda é aquilo que costumam chamar de porto seguro. É a minha fortaleza. É o meu ponto de paz no meio de toda essa loucura, de toda essa confusão que existe silenciosamente dentro da minha tão perturbada cabeça.

vontades infindas

Quero acordar qualquer dia desses em Pernambuco, vendo um sol diferente entrando pela minha janela. minha não; a tua janela; Talvez contigo sentado do meu lado na cama, se divertindo e assistindo o meu acordar. Quero acordar na tua cama, assim como acordo na minha, sem roupa, meio coberta, meio exibida. Quero acordar em outro canto, ouvindo outros sotaques, passeando por outras ruas, andando de mãos dadas contigo enquanto passam novos rostos que eu nunca vou conhecer, pessoas que eu nunca vou saber o que fazem ou como estão se sentindo. Rostos novos que nunca vão saber quem sou, que dali  não sou, nem o que faço ou o quanto estarei imensamente feliz por apenas estar passando naquela rua, junto a ti. Me imagino num cenário de Lisbela e nós dois caminhando, cantando uma dessas tantas músicas que cantamos duas horas da manhã pelo telefone. Quero sentir teu cheiro. Não me canso de repetir isso. Nem de dizer que tua voz me acalma. Nem de dizer que eu quero muito muito ir aí - assim mesmo s