Ah que saudade que eu sinto de você. São quase duas da manhã e te escrevo com lágrimas nos olhos e um vinho barato me fazendo companhia. Você sabe que vinho nunca foi meu forte e eu ando fraca demais. Escolhi uma seleção de jazz que nunca tinha escutado antes, aliás, nunca parei para ouvir jazz na madrugada, nem mesmo quando você estava aqui e saía, batendo a porta, me virando as costas e me deixando falando sozinha no meio das nossas discussões. Minha cama também te chama. Meu corpo sente tua falta, a falta do calor do teu corpo e dos teus beijos. A maquiagem borrada não mostra nem metade do estrago que me consome por dentro. Teu cheiro ainda circula pelo corredor da casa. Não me atrevo a trocar os lençóis e, por descuido, lavar nossas lembranças enroladas nele. Ainda guardo tanta coisa boa de você! Teus vídeos cheios de sorrisos e canções e declarações. Teu canto desafinado e lindo. Tua barba cheia, passeando lentamente pelas minhas costas e rosto e pescoço. Tuas cartas ainda perfum
Minhas histórias que podem ser suas