Ele não gostava de aparecer e eu queria vê-lo de qualquer jeito. Ele detestava falar ao telefone e eu insistia em ouvir sua voz. Tentativas em vão. Falei inúmeras vezes eu amo você e nunca esperei que ele fosse dizer o mesmo. Nunca disse - embora repetisse com frequência "eu gosto (muito) de você". Isso me parecia ser bom. E eu sempre me contentei com pouco. Me contentava em tê-lo para mim, mesmo que na distância. Mas ele era meu, só meu - era o que o próprio dizia. Eu sempre preferi um 'eu gosto de você', do que um silêncio do outro lado do telefone. E, então, eu o vi. E era bom pra mim. Continuei querendo aquele rapaz com a sensação de sempre tê-lo visto. Fosse nos meus desenhos, na minha cabeça confusa, nos meus sonhos esquecidos. Ele sempre estivera no meu subconsciente. Ele se enraiveceu e partiu. Não disse nada, apenas partiu. [Fiquei sem entender, afinal ele gosta(va) de mim, não gosta(va)?] Era madrugada quente, tínhamos acabado de fazer amor.
Minhas histórias que podem ser suas