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Mostrando postagens de junho, 2014

O dia em que o perdi

Ele não gostava de aparecer e eu queria vê-lo de qualquer jeito. Ele detestava falar ao telefone e eu insistia em ouvir sua voz. Tentativas em vão. Falei inúmeras vezes eu amo você  e nunca esperei que ele fosse dizer o mesmo. Nunca disse - embora repetisse com frequência "eu gosto (muito) de você". Isso me parecia ser bom. E eu sempre me contentei com pouco. Me contentava em tê-lo para mim, mesmo que na distância. Mas ele era meu, só meu - era o que o próprio dizia. Eu sempre preferi um 'eu gosto de você', do que um silêncio do outro lado do telefone. E, então, eu o vi. E era bom pra mim. Continuei querendo aquele rapaz com a sensação de sempre tê-lo visto. Fosse nos meus desenhos, na minha cabeça confusa, nos meus sonhos esquecidos. Ele sempre estivera no meu subconsciente. Ele se enraiveceu e partiu. Não disse nada, apenas partiu. [Fiquei sem entender, afinal ele gosta(va) de mim, não gosta(va)?] Era madrugada quente, tínhamos acabado de fazer amor.

Insanidade

Quinta-feira de chuva; estou sem coragem para levantar. Joguei o colchão no chão da sala, para que ficássemos à vontade. Você está aqui, deitado ao meu lado - estou sobre seu peito, acariciando seu corpo - e posso ouvir sua respiração enquanto dorme. Coloquei música no notebook. John Mayer. Você agora me abraça pelas costas, me envolve em seus braços e entrelaçamos os dedos. Quero namorar com você, sussurro. Sorrio involuntariamente. Minha situação piora a cada dia. Não saio do quarto, porque você está aqui comigo (e ninguém sabe). Vamos à praça, de mãos dadas. Paramos pelo caminho e nos beijamos. Alguém observa; desconheço. Vou até sua casa e conheço sua família. Todos estranham. Notam o sotaque. Fico à vontade - e não chamo palavrão, eu sei me comportar. Tardezinha. Ficamos no sofá, rindo de qualquer coisa. "Acho que você já viu meu rosto". Sim, mas você não acredita. E gosto do que vejo, é perfeito para mim. Te puxo pra perto e te beijo. Rostos colados. Sinto sua mão no m
Vejo reflexos da minha inutilidade. Não carrego nada, além de um vazio. Minhas metas escapam entre os dedos, meus objetivos se desfazem. Falta muito? Já esperei tanto. Mais um ano vem batendo à porta e... Nada. Continuo aqui, pelos cantos.

Desabafo de uma manhã de sexta.

A sala de trabalho continua vazia. Andei lendo uns sites de revista e a Globo.com, assim como as colunas da Tati Bernardi e do Gregório Duvivier. Nada pra fazer. Penso. Em tudo um pouco. Não organizo minhas ideias e acabo pensando em nada. Aquele aperto no peito tá surgindo devagar e uma voz na minha cabeça me diz para stalkear as inimigas. Tentador - para uma pessoa como eu. Tão desgastante! Acabo me afogando em lágrimas, é sempre assim. Ignoro a voz e deixo pra lá. "Hoje não", respondo à maldita voz (que é apenas meu lado psicopata de ser tentando agir - não que eu me orgulhe em escrever isso). Uma pessoa como eu. Ciumenta e possessiva. Não tenho posses - não de pessoas que eu gostaria de ter. Queria escrever uma coisa feliz. OK: faltam três horas pro fim do expediente (isso não foi feliz, mas o que vale é a intenção). Passo um tempo olhando para a tela do computador, enquanto troco umas ideias com meu colega ao lado. Penso em mais algumas coisas e percebo que sem

Despedida

Nosso conto acabou, meu amor. Você não se deu. Não cedeu. E eu sempre quis mais que palavras. Me perdi nessa tua confusão: ou me queria ou não. Você não me deixou entrar. E na varanda faz frio. Tentei entrar em ti, na tua vida. E quando comecei a achar que tua alma havia encontrado a minha, eu só estava te observando na janela. Do computador. Do celular. Ficarei vazia. Sentirei saudade. Quero ficar contigo. Mas não consigo mais disfarçar minha dor. Nossos mundos eram opostos e toda nossa história foi inventada. Meu peito aperta nesse momento. As lágrimas caem. Você foi a coisa mais intensa que já me aconteceu. Não me odeie por estar desistindo. Assim como não odeio o destino por não termos dado certo. (Me desculpe, mas não posso continuar) (Eu amo você)