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São quatro horas da manhã e caminho à esmo pelas avenidas pouco movimentadas. Ando pensando na vida, nas pessoas. Penso que ando sem direção nenhuma, que diariamente caminho sem ir a lugar algum. Ando perdida, esperando sem saber o que. E já faz tanto tempo. Esperei por alguns amores que nunca chegaram. Busquei por vitórias que não mereci. E fico assim: para trás. É meio vergonhoso e triste. Eram tantas esperanças, tive tantas chances. Eu já nem sei se quero alguma coisa. É como ter fracassado. O problema é que ainda sou nova demais para ser tão fracassada. Disseram-me para ter amor próprio, mas nunca fui boa com isso. Me disseram para ficar bem; e eu estava. Minhas fotografias são o que me motivam; é como se por um instante eu voltasse a ter vida. Através delas eu escapo dessa escuridão e contemplo os sorrisos, os momentos. Aí lembro dele. O homem que eu queria... Ah... Como será que ele está? Tento me manter de pé dia-após-dia, apenas vivendo. Sem vontade, sem motivo, sem razão alguma, a não ser... viver. Poder respirar e ver pela janela mais um dia chegando. Ainda guardo tudo o que passou. Imprimi uns textos, salvei algumas conversas, fiz alguns quadros e os pendurei pelos corredores da velha casa. Continuo caminhando e quando vejo já está amanhecendo. Volto para casa com algumas lágrimas no rosto. Escrevo um bilhete pensando nele: estou bem, caso queira saber. Agradeço mais uma vez pela [monótona] vida. E adormeço sem saber aonde isso tudo vai dar.

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