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sobre meus demônios

Não adianta. Quanto mais tento lutar contra, mais forte eles ficam. Não gosto de sentir nada disso. Odeio ser desse jeito, porque acabo com você, acabo comigo. Aos poucos estou destruindo a gente. Eu nunca fico em paz. Não te deixo ficar em paz também. Vivo sendo aterrorizada pela minha própria imaginação. E minha mente nunca imagina coisas boas - quando imagina, em questão de segundos essa coisa boa é destruída. E acabo despejando tudo sobre você. Meus medos, minha insegurança. Eu sou meio louca mesmo. Fico possuída por uma raiva incontrolável. Passo madrugadas chorando, trancada no banheiro, imaginando coisas absurdas, mesmo depois de termos passado o dia e a noite bem. E eu não sei porque isso tá acontecendo agora; eu nunca tinha sido assim. Sempre fui ciumenta, confesso. E na maioria das vezes em que desconfiava de algo, era porque realmente algo estava acontecendo. Talvez agora essa minha insanidade seja apenas um reflexo dos meus medos. Tô neurótica. Eu mal consigo me concentrar no que realmente interessa. A distância também complica tudo; eu estando longe não posso cuidar de você - e por saber que há quem queira cuidar de ti também aí, na tua cidade, na tua rua, no meio dos teus amigos, me faz perder totalmente o controle. E se tu se rende? E se acaba cedendo? Nunca fui muito de perder a cabeça por causa de traição. Ficava triste, óbvio. Arrasada, destruída. Mas nada que me fizesse perder tão facilmente o controle, como tem sido ultimamente. Me desculpa por isso. Eu queria muito ser diferente. Eu prometo a mim mesma que vou ser melhor. Mas as vozes falam alto demais lá dentro da minha cabeça. Eu não sei o que fazer pra mudar isso. Eu queria tanto te ver e sentir a segurança do teu abraço. Eu queria muito a tal sorte do amor tranquilo... Me ajuda a ficar bem, porque eu não consigo sozinha.

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