Eu gostava da forma como nós acordávamos juntos. Da tua cara amassada, do teu sorriso torto e das tuas palavras que costumavam enfeitar a caixa de entrada do meu celular, todas as manhãs. Eu gostava da forma como você contava histórias e dos teus sonhos sempre tão exóticos, cobertos de imaginação e de como eu também começava a (me) imaginar com você. Gostava da tua mão e ainda gosto da tua cadela. Eu gostei de você, porque você foi o único que me fez achar que barba é uma coisa atraente e bonita, porque você é bonito e atraente. Acho. Eu gostei de você, porque contigo eu aprendi a gostar das pessoas pelo o que elas são (e dizem), e não da aparência que elas carregam. Sim, isso é uma contradição. Como é a sua aparência mesmo? Como é a sua voz? Eu gostei de você, porque você me ganhou sem fazer esforço nenhum, sem tentar me impressionar (só irritar). Gostava da forma como você me irritava e dos apelidos carinhosos que a gente foi inventando, que se tornou coisa particular nossa. Só minha. Só sua, mozão. E agora não tem mais eu e você. Não tem mozão. Gostava do teu ciúme, embora eu nunca tenha o levado a sério, até perceber que era de verdade. Era verdade? Eu gostei de viajar com você a lugares que nunca iremos. Próxima parada: outro país. Gostei de torcer para o seu time algumas vezes, só para ter o prazer de estar do teu lado na tal de derrota e vitória, saúde ou doença, até que a morte nos separe. Até que a distância nos separe e eu achei que a distância não seria páreo para nós dois. Achei que seria diferente com nós dois. Eu gostei de beijar você sem nunca ter tocado teus lábios. Gostei de ter amado você e de ter feito amor contigo, sem nunca termos deitados juntos, necessariamente. E gostei dos nomes que a gente escolheu para a nossa futura filha (tá bom, vai ser um menino. Poderia ser, mas não. Nem ele nem ela nem a gente). Eu gostei de você porque sim, e porque sim é resposta. Eu gostei de você, porque você me faz escrever textos quando eu não tenho muito a dizer e fico sem saber como terminar. Só pra escrever e dizer que ainda gosto. Ainda amo, embora você não acredite.
Esse livro é sensacional! E eu poderia listar N motivos que me fizeram devorá-lo em três dias, que pra mim ainda foi muito , mas vou dizer só alguns: a) serviu de consolo por eu ter me decepcionado com Quem é você, Alasca? (fiquei tão desapontada, que abandonei o livro na metade. Não gostei. Me julguem); b) Me identifiquei com o Will gay por ele ter um namorado virtual (mas o meu existe. Acho. Brincadeirinha, existe sim); c) Eu tenho amigos gays tão divertidos quanto Tiny Cooper (o melhor amigo do Will hétero ) e quero que eles também leiam esse livro; d) Tem comparações, frases, metáforas tão inteligentes quanto em ACEDE (ou A culpa é das estrelas , para os leigos a propósito, eu chorei rios quando assisti o filme, e vocês? ). Aí você deve tá se perguntando "como assim Will gay e Will hétero, Alaiza?". Bem, é que Will Grayson, Will Grayson (título original) conta a história de dois garotos com o mesmo nome, porém um é gay e o outro é o melhor amigo de um super gay
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