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Ribeirinha

Mostraram-me uma bela paisagem: árvores de galhos secos, crescidas dentro da água. As marcas da enchente, que agora diminuía de nível, estavam estampadas nos largos troncos da Sumaúma. Ao longe, uma casa de madeira, cercada pelo verde e pelo rio. No horizonte, o Sol estava se pondo e a calmaria soprava vento no rosto, espalhando os fios soltos do coque no alto da cabeça. Eu ficaria naquele barco até anoitecer. Os pássaros deixariam o céu e se esconderiam no meio da floresta, deixando a mim somente o doce som de seu canto. As estrelas apareceriam e eu estaria deitada, dentro do barco, observando o movimento de cada uma delas. Astronomia é fascinante; um dia aprendo a reconhecer a constelação de Órion. Nunca mais vi uma estrela-cadente. E eu preciso pedir tanta coisa! Tenho sentido uma grande atração por árvores de galhos secos. Altas, elas destacam-se entre as folhagens presas a troncos curtos. E permanecem com uma beleza diferenciada justamente pela ausência de folhagem.  Mas eu não sei remar, nem sequer nadar, então não poderia ficar ali por muito tempo. Eu tenho medo de escuro também. 

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