Olha, moça. Eu gosto de você. Você é bonita, é engraçada, tem uma conversa boa e gosto da sua companhia. Eu gosto dos textos que você lê (e me faz ler também) e de algumas músicas que você põe pra tocar. Não. Mentira. Seu gosto musical é horrível, acho um lixo essas músicas que você escuta. Mas, tudo bem. Eu relevo. Mentira também. Desliga isso. O problema é quando você confunde as coisas. Fica enciumada quando falo de outras meninas e faz drama. Elas ficam enciumadas também e chego a pensar que vocês, mulheres, são loucas. Eu não sou desses de amor, minha linda. Não posso dizer o que queres ouvir. E acho graça quando vem me pedir um beijo. Pode ser que isso machuque você - e a elas -, mas eu sou frio assim mesmo e vocês sabiam disso desde o começo. Não adianta me pressionar agora.
Não fui feito pra ser visto e você nem precisa fazer esse alvoroço todo pra querer me visitar; você pode tocar sua vida sem nunca ouvir minha voz. Você não passa de uma janelinha piscando na tela do meu computador no meio da noite. Às vezes, vem em forma de mensagem no celular. Mas não é nada, além disso. É tão difícil de entender? Eu não posso simplesmente ocupar o vazio que alguém deixou no seu coração ou o buraco que você mesma cavou aí dentro esperando que eu pudesse preencher. Eu não queria nada mais que amizade. E continuo não querendo. Eu não posso ouvir suas lágrimas e nem deveria ser o motivo pelo qual escreves. Não me odeie por isso, moça. É só a realidade...
Desculpe-me se fui culpado por esse teu apego doentio, se provoco tua respiração ofegante, se desperto tua curiosidade ou se enlouqueço tua imaginação fértil. É tudo involuntário, juro. Só te peço pra continuar perguntando se fumei hoje (me dá estímulo pra parar). Continua me esperando antes de dormir, porque... Sonhei com você ontem. Mas hoje posso sonhar com a... Bem, isso não importa! Gosto de vocês. Ainda que estejam há milhas e milhas de onde me encontro (e que você insiste em querer saber onde fica). Deixa de ser curiosa, menina! Deixa, porque desse jeito tá bom. Eu não passo de um livro na estante. Uma espécie de história que, daqui a um tempo, vai estar empoeirado juntamente com outras romances esquecidos. Eu sei.
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