Eu já tinha desistido de esperar por você. Eu não olhava mais o celular esperando por mensagens suas e estava decidida a dar um rumo diferente para o caos que você deixou minha vida. E eu estava bem, juro. Te ver passando não fazia diferença e saber que outra pessoa tinha 'tomado' o meu lugar no assento do seu carro e do seu braço não me deixava triste. Eu conheci outras pessoas, me diverti com outros casos, outras fotos e até foras. Bebia moderadamente, mas o suficiente pra ficar bem 'felizinha'. É, eu realmente tinha superado qualquer coisa em relação a você.
Eis que você me aparece no começo da tarde, sem aquele sorriso no rosto. Eu ajo naturalmente e finjo não perceber. A verdade é que, se meu olhar cruzar com o teu é fatal. Continuei evitando. Até que você me chama e pede pra conversar. E então percebi que certas coisas nunca mudam, ainda que você queira se livrar delas. Você continua com o mesmo corte de cabelo, a mesma sandália e as mesmas camisetas. Seu perfume ainda é o mesmo -sei disso, porque espirro toda vez que você se aproxima- e a cicatriz no ombro esquerdo continua lá. Seu telefone toca e o toque dele é embalado pelo mesmo sertanejozinho chato e barulhento. Você usa esse toque há uns sete meses.
E o que não muda mesmo é o fato de ver o quanto você é egoísta comigo. Eu tava feliz, caramba! Eu poderia chamar de covardia o fato de você me pegar desprevenida, sem deixar tempo para eu treinar uma conversa grossa e fria com você. Eu não tive oportunidade para pegar aquelas frases prontas e montar uma aparência de mulher independente. Você simplesmente apareceu, despertando aquilo que estava adormecido e eu estava disposta a assassinar. Eu joguei fora a aliança, mas esqueci de jogar o gosto do teu beijo que ficou guardado na minha caixinha de brincos. Eu rasguei nossas fotos e cartas, mas não rasguei a letra da [nossa] música que toca no rádio,todo dia, na hora do almoço.
Mesmo que eu não esteja pronta pra tentar de novo, uma parte minha deixou você ficar naquela rápida visita. Uma parte minha não resistiu ao toque delicado das suas mãos grandes no meu cabelo. Eu me arrependeria por ter feito nossos lábios se tocarem, mas me arrependeria mais ainda se eu tivesse evitado o teu abraço. Agora você tá de volta e eu não sei como vai ser daqui pra frente. Metade de mim está feliz. A outra metade está confusa, me fazendo pensar no carinha que tampou a ferida que você deixou aberta. Certas coisas nunca mudam, como o fato de eu ainda acreditar nas suas lágrimas e no seu teatro, e o fato de que, ainda que nós dois busquemos caminhos diferentes, a linha de chegada sempre se cruza no final, nos trazendo de volta um para o outro.
Eis que você me aparece no começo da tarde, sem aquele sorriso no rosto. Eu ajo naturalmente e finjo não perceber. A verdade é que, se meu olhar cruzar com o teu é fatal. Continuei evitando. Até que você me chama e pede pra conversar. E então percebi que certas coisas nunca mudam, ainda que você queira se livrar delas. Você continua com o mesmo corte de cabelo, a mesma sandália e as mesmas camisetas. Seu perfume ainda é o mesmo -sei disso, porque espirro toda vez que você se aproxima- e a cicatriz no ombro esquerdo continua lá. Seu telefone toca e o toque dele é embalado pelo mesmo sertanejozinho chato e barulhento. Você usa esse toque há uns sete meses.
E o que não muda mesmo é o fato de ver o quanto você é egoísta comigo. Eu tava feliz, caramba! Eu poderia chamar de covardia o fato de você me pegar desprevenida, sem deixar tempo para eu treinar uma conversa grossa e fria com você. Eu não tive oportunidade para pegar aquelas frases prontas e montar uma aparência de mulher independente. Você simplesmente apareceu, despertando aquilo que estava adormecido e eu estava disposta a assassinar. Eu joguei fora a aliança, mas esqueci de jogar o gosto do teu beijo que ficou guardado na minha caixinha de brincos. Eu rasguei nossas fotos e cartas, mas não rasguei a letra da [nossa] música que toca no rádio,todo dia, na hora do almoço.
Mesmo que eu não esteja pronta pra tentar de novo, uma parte minha deixou você ficar naquela rápida visita. Uma parte minha não resistiu ao toque delicado das suas mãos grandes no meu cabelo. Eu me arrependeria por ter feito nossos lábios se tocarem, mas me arrependeria mais ainda se eu tivesse evitado o teu abraço. Agora você tá de volta e eu não sei como vai ser daqui pra frente. Metade de mim está feliz. A outra metade está confusa, me fazendo pensar no carinha que tampou a ferida que você deixou aberta. Certas coisas nunca mudam, como o fato de eu ainda acreditar nas suas lágrimas e no seu teatro, e o fato de que, ainda que nós dois busquemos caminhos diferentes, a linha de chegada sempre se cruza no final, nos trazendo de volta um para o outro.
Aaaaadoro teus textos Alaízee ;)
ResponderExcluirsua vaca que lindo *-*
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